Em casa todos tinham nome da estação do ano, como dos pontos cardeais, erámos uma família grande, mas parecia tudo invertido, diziam que meu pai colocava esses nomes nos filhos para não pensar, mas ele mesmo tinha um nome estapafúrdio Groelândia, todo mundo o chamava de Groe, inclusive os filhos.
Minha mãe era a única que tinha um nome normal, era uma mulher diferente, se chamava Marie, era o homem da casa, meu pai, se dedicava a ajudar, mas tinha uma horta que só ele tocava a mão, depois ia a cidade vender tudo, comíamos o que sobrava. Ela ao contrário se dedicava a cultivar as terras com auxilio dos filhos, estava sempre em cima de um trator, nunca a vi de vestido, a não ser no seu enterro.
Os que iam ficando mais velhos desapareciam, eram substituídos pelos seguintes, fomos obrigados a ir à escola, por uma assistente social, meu pai achava uma besteira, já que ele sabia assinar seu nome, foi tudo que tinha aprendido.
Minha mãe devia ter sido uma beleza, porque mesmo malcuidada o era, raramente ia a cidade, em casa cada um tinha uma lata, começavas a trabalhar, ela fazia questão de pagar como se fossemos empregados, dizia que assim podia exigir mais.
Eu talvez tenha sido o único que se apaixonou pela escola, adorava estudar, ler, escrever, desenhar, geografia era meu forte, o professor dizia que eu era curioso.
Uma vez passou um filme, um documentário, um sujeito que ia de moto pela rota 66, fiquei como louco com o documentário, pensava um dia farei isso.
Minha outra grande paixão era a mecânica, era curioso, com uns dez anos, já consertava o trator da fazenda, bem como qualquer mecanismo que me caísse nas nãos.
Depois desenhava os mesmos, era capaz de desmontar um pequeno motor, monta-lo outra vez.
A casa não tinha conforto nenhum, dormíamos todos em cima de colchões no chão, eu adorava as vezes quando colhíamos o trigo me deitar em cima dos fardos.
Animais só um cachorro que acompanhava minha mãe por todos os lados, o tinha encontrado ferido na estrada, o levou para casa o curou.
Chegou um momento que só estavam os dois, bem como meu irmão mais velho, quer dizer mais velho do que eu, um dia entrou um carro na estrada que ia até a casa, desceu uma mulher bonita, depois descobrir que era minha irmã mais velha, tirou do carro um garoto, o fez descer na marra, chorava como um condenado, North, meus pais registraram como seu filho, ela foi embora dizendo que um dia voltava para busca-lo.
Ele se agarrou a mim como uma lapa, parecia um anjo, eu tinha ido uma vez na igreja, tinha visto esculturas, achava que ele era um deles.
De noite corria para minha cama, dormia agarrado a mim.
Quando tinha 14 anos, andavam roubando a colheita dos fazendeiros, eram bandidos que vinham de noite, roubavam tudo que encontravam colhido no campo.
Minha mãe, fez ao contrário, nos botou todos a trabalhar, ela com o trator, foi levando tudo para perto da casa, no dia seguinte os compradores iriam aparecer. Sentou-se na varanda, com uma espingarda no colo, ficou ali na escuridão, meu pai ficou sentado ao lado dela no escuro, depois foi para a sala para dormir no chão.
Despertamos com dois tiros, saímos correndo, ela estava em pé na varanda, com a espingarda, tentando trocar os cartuchos, nisso vimos como um fogo, atiravam nela, pois ela conseguiu acabar de colocar os cartuchos, atingi mais um, que resultou depois ser o filho do xerife, era o chefe da gang. Ela foi para o hospital, mas não voltou, não resistiu aos tiros.
Tinha matado dois dos bandidos, o filho do xerife, um outro que era conhecido por não fazer nada.
Foi quando a vi no caixão com seu vestido, North demorou a entender que estava morta, pegava a mão dela, dizia que tinha fome, que ela se levantasse para fazer o café.
No dia seguinte meu irmão que acabava de fazer 17 anos, pegou sua lata, foi embora.
Só ficamos os três, foi quando descobri que a fazenda não era nossa, mas sim alugada, por isso nunca sobrava muito dinheiro para repartir.
Nos mudamos para a cidade, levando as poucas coisas que tínhamos. Numa coisa meu pai era prático, escolheu uma casa, aonde tivesse terras atrás, ele seguiu plantando sua horta, para vender no mercado. Eu segui estudando, trabalhava de tarde numa oficina mecânica, ao lado do posto de gasolina, North ajudava o homem do posto.
Esse dizia que tinha um trabalho duplo, pois quando os homens dos caminhões viam o North, o queriam levar, ele tinha um corpo espetacular, sem nenhum pelo. Sua cara era muito bonita, as vezes de noite tinha que me afastar dele, pois ficava de pau duro.
Eu já tinha 15 anos, ele tinha dez, no inverno o único jeito de ficar quente era esse dormir agarrados um ao outro, eu as vezes preferia passar frio, pois o bicho ficava duro, já sabia como funcionava isso, escutava na oficina mecânica, na escola.
A ele parecia não importar, segundo meu pai, eu era seu deus. Já tinha nessa época, 1,75 m de altura, era forte, tinha uma cara bonita, máscula, um pequeno bigode que era a gozação de todos, quando perguntavam meu nome, eu nunca dizia Summer, mas sim Sam, tinha vergonha disso, mas North não, gostava do seu nome, apesar da gozação na escola, de noite sempre lhe ensinava a lição, o que ele não tinha entendido. Meu pai dizia que ele nunca seria inteligente, sim bonito, porque lhe custava entender as coisas.
Eu sem querer era o filho querido do meu pai, dizia que o único na família que tinha saído inteligente era eu. Mas que infelizmente, nunca poderia ir à universidade, pois não havia dinheiro, ele tinha juntado o que tinha na sua lata, com a da minha mãe. Eu sabia aonde escondia sua lata, na horta. A minha estava escondida no fogão a lenha, tinha um jeito especial de esconder as coisas. As roupas íamos um armazém da cruz vermelha, escolhíamos o que podíamos, cuecas nunca, alguma meia de segunda mão, com um furo, camisetas que já tinham sido de outras pessoas, calças.
North era mais exigente, escolhia as mais bonitas, tinha um bom gosto nato, nele nem pareciam que era de segunda mão. Eu um dia depois da natação tinha feito sexo com o professor de educação física, meus companheiros já tinham ido embora, eu era o encarregado para ganhar mais algum de limpar o vestiário, estava ali, com uma toalha na cintura quando ele apareceu, ficou me olhando, se aproximou, tirou a toalha, se ajoelhou, colocou meu sexo na sua boca, a sensação foi ótima. Na vez seguinte, pediu que eu o penetrasse, gostei também, ficava esperando esses dias para fazer sexo com ele.
Fora dali, era bom dia professor, disso não passava, nem sabia direito o seu nome.
Agora sabia o que era sexo, por isso quando North se encostava, eu ficava como louco para lhe penetrar, mas não podia, era seu tio.
Ele ao contrário era inocente, não tinha maldade nenhuma, quando me via tomando banho frio, ria, dizia que meu piru de grande se encolhia.
Lá em casa, nada de água quente, sempre banho frio, eu gostava era de tomar banho no da piscina da escola, principalmente no inverno que era de água quente. Como tinha a chave do vestuário, porque o limpava, levava North para tomar banho quente. Ele adorava, enquanto eu aprontava tudo para algum jogo, ele se divertia.
Um dia vi o professor parado, alisando seu pau, olhando a bunda do North, eu cheguei de mansinho lhe disse que nem se atrevesse, porque senão contaria o que ele tinha comigo ao diretor.
Passei a dizer ao North que fosse rápido, por causa do professor, tive que lhe explicar as coisas de sexo entre homens. Olhou na minha cara dizendo, é por isso que foges de mim de noite.
Nessa noite, quando ia me afastar, ele agarrou o meu piru, me pediu que lhe ensinasse a fazer sexo, que ele queria era comigo.
Meses depois, um belo dia apareceu sua mãe, com um homem mais velho do que ela, tinha conseguido um trouxa para se casar, esse segundo disse ao meu pai, tinha negócios em San Francisco, ia adotar o North.
Ele me disse baixinho, fique com a minha lata, na verdade o controlava, pois senão gastava o dinheiro. Vou sentir falta de ti dentro de mim, fazíamos sexo todas as noites, ele delirava.
Para mim foi pior, o ver se afastando no carro, sentado no banco de trás, abanando a mão para mim. Foi nesse momento, pior que a morte de minha mãe, perder outra vez uma pessoa que gostava, jurei que um dia ia encontra-lo, pois sabia que como todos os outros que tinham ido embora, nunca deixavam um endereço, tampouco apareciam de novo, se tinham conseguido melhorar na vida, não iam querer voltar a miséria.
Acabei o curso da escola, ali, não havia um depois, agora trabalhava o dia inteiro na oficina mecânica, meu prazer era pegar uma peça de alguma engrenagem, partir dela num desenho para montar um motor, ficava desenhando em papel desses de embrulho que apareciam por casa.
Agora só eu e o velho, ele dizia rindo que sobrava mais para vender no mercado. Estava cada vez mais curvado. Um dia escutei o dono da oficina comentando com um que perguntou quem eu era, explicando de quem era filho.
O homem soltou, nunca entendi o que ela via nele, era a garota mais bonita da redondeza, podia ter se casado com qualquer um, todos viviam babando com ela, mas escolheu justamente o mais idiota, bom tipo, mas idiota, o retrasado da escola.
Eu fiquei furioso, tinha que consertar seu carro, o deixei de proposito cheio de defeitos.
Nesse dia, perguntei ao meu pai, sobre como eles tinham se casado. Ele riu, esses idiotas sempre se perguntaram o que eu tinha que eles não tinham, abaixou as calças, mostrou um piru como o meu, grande, porque achas que tivemos tantos filhos. Ela sabia que só eu podia lhe dar prazer como gostava. Depois adorava esse trabalho, estar em cima de um trator, como se fosse um homem. Ao contrário de muitas mulheres, era ela que fazia sexo comigo, eu era o submisso, gostava de ser como o homem, me possuir, eu amava tanto que deixava. Sinto falta dela a cada dia da minha vida.
O achei mais triste, ficava cismando, eu já tinha juntado a lata do North com a minha, a dele tinha menos dinheiro, um dia meu pai me ensinou aonde estava as suas, tinha duas, eram grandes, quando eu morra, meu filho, pegue esse dinheiro se mande daqui, mereces mais, eres inteligente, saberás criar um futuro para ti.
Pela primeira vez vi uma moto como as que tinha visto no documentário, um dia apareceram dois homens, cada um numa moto, o dono da oficina ficou com medo, eram dos Hells Angels, tinham um defeito numa delas, expliquei que não conhecia os motores direito, mas se ele me permitisse ia realizar o sonho da minha vida.
O patrão não queria que ficassem ali, ia espantar os clientes, os levei para casa, desmontei todo o motor, memorizando cada peça, o mais velho deles me observava interessado.
Comentei do documentário que tinha visto, eles saíram para comer na outra moto, quando os vi sentando um agarrado ao outro, fiquei excitado.
Consertei o motor, depois olhei o da outra moto, disse ao homem que sonhavam em ter uma, quando me abaixava, vi que ele ficava olhando a minha bunda, pois como não usava cuecas, aparecia.
Ai ninguém toca, disse para ele. Riu muito, já vi que tens um bom volume na frente, nessa noite dormiram em cima de suas mantas. Pois fora chovia. No dia seguinte me pagaram muito bem, mais que um mês de salário, o mais velho me escreveu num pedaço de papel, seu nome, bem como um número de telefone, eu em retribuição, escrevi o meu. Summer Tyron, mas pode me chamar de Sam.
Os dois me abraçaram, ele o fez, mas colocou a mão em cima do meu piru. Realmente é grande.
Fiquei como louco, tive que me masturbar pensando nele.
Voltei a trabalhar na oficina, me perguntaram quanto tinham me pagado, eu menti, não ia dizer quanto, imaginei as pessoas pensando coisas, cada um tinha me dado como se fosse um mês de meu salário.
Um senhor que ia sempre, me disse que tinha uma moto encostada na sua garagem, era de meu filho que morreu na guerra do Vietnam, imagina quanto tempo esta ai jogada, minha mulher vive pedido para eu dar um sumiço nela, fui até lá olhar, além de ter ferrugens, estava coberta de pó.
Me deu de presente, ajudei a colocar em cima da sua caminhonete, a levamos até minha casa, agora esse era meu prazer, a limpei inteira, desmontei o motor, limpei, engraxei tudo, a deixei nos trinques. O estofamento estava uma merda, mas o arrumei, costurando um cobertor velho, fazendo uma capa muito dobrada.
A primeira vez que sai com ela, fui até a casa desse senhor, vi a mulher chorando, ao escutar o ruido, pensei que era meu filho voltando para casa.
Agradeci muito. Depois levei meu pai para dar uma volta, ele ria como uma criança que vai a um parque de diversões. Herdaste de mim isso, sempre tive vontade de ter uma.
Um mês depois, não se levantou, morreu dormindo com um sorriso na cara, o enterrei ao lado de minha mãe, fui falar com o proprietário da casa, ele disse que meu pai sempre pagava adiantado, com medo que acontecesse o que tinha passado na fazenda.
Juntei todo o dinheiro, numa noite contei tudo, no dia seguinte fui ao banco abri uma conta, o homem ria, para quem sempre viveu na miséria, de favores da cruz vermelha, até que teu velho tinha dinheiro, depois somei os da minha lata.
Fiquei com uma boa quantidade de dinheiro para poder colocar gasolina na moto. Me deu um cartão de crédito, que eu só tinha visto na oficina mecânica, quando alguém pagava assim. Outros pagavam ainda com cheques, mas meu patrão me explicou com o cartão era mais efetivo, realmente o dinheiro chegava.
Fui embora, na primeira cidade grande que parei, Sacramento, fiz pela primeira vez um gasto, comprei um assento novo para a moto, era antiga, mas encontrei um que servia, uma daquelas bolsas que se colocam atrás, para guardar coisas, uma roupa de couro para mim, pela primeira vez comprei cuecas dessas que vem em pacotes, a senhora do caixa me disse que comprasse negras, que eram novidades, senão sempre ficavam marcadas pela ultima gota da mijada masculina, vai por mim que tenho três homens em casa.
Me mostrou um casaco de couro, disse que era de segunda mão, me vendia mais barato.
Quando sai da loja vi uns quantos motoqueiros ali parados olhando a minha, contei que a tinha recondicionado inteira, desmontado o motor, remontado outra vez. Me convidaram para dar uma olhada na oficina deles, fiquei uns meses ali, consertando tudo que apareceu, me deixavam dormir num quarto em cima da garagem, com banheiro.
Um homem barbudo, forte como eu, estava sempre me olhando, consertei sua moto, disse que ele era muito relaxado, pois a mesma estava em péssimas condições. Um dia de noite apareceu de banho tomado, cheirando a perfume, me disse na cara, quero fazer sexo contigo, estou farto de me masturbar pensando em ti.
Era a última semana que estava ali, concordei, mas venha de banho tomado, mesmo assim tinha um cheiro forte. Fiz sexo com ele, mas não lhe disse nada, um dia de manhã, já tinha ido a uma sucursal do banco, depositei o dinheiro que tinha ganho, comprei um capacete, tomei rumo a San Francisco, não me despedi de ninguém, não queria que me pedissem para ficar.
Queria ir procurar o North. Sentia falta dele, queria fazer sexo com ele, que tinha uma pele branca, perfeita, nada de pelos.
Cheguei em San Francisco, fui procurar aonde tinha uma oficina de motos, foi a mesma conversa, logo tinha emprego, arrumei um quarto para viver ali perto, por sorte tinha um bom banheiro com chuveiro que era o que mais gostava. A cama era grande, as estreitas eu tinha medo de cair da cama dormindo, gostava de dormir no centro da cama, assim não caia.
Comecei a procurar o North, mas nas listas telefônicas, não existia nada, tampouco sabia o nome direito de sua mãe, ou como se chamava agora.
Saia com alguns companheiros da oficina, eles sempre depois desapareciam com alguma mulher, ou homem, achavam interessante eu nunca criticar ou tocar no assunto.
Um deles que era pelo visto descendente de italianos, me levou um dia a Castro, chamamos atenção, eu loiro, agora tinha 1,85m de altura, olhos verdes escuros, cabelos compridos, amarrados numa bandana, de roupa de couro, foi um sucesso.
Entramos num bar, eu bebia pouco, com uma cerveja me bastava, meu amigo o Guido logo estava conversando com alguns dali, eu como era mais fechado, fiquei quieto.
Um negro vestido de couro, disse que tinha gostado da minha moto, conversei com ele sobre como a tinha recuperado, quando percebi Guido tinha desaparecido.
Robert, o negro me convidou para ir para seu apartamento, fui por curiosidade, fiquei alucinado, ele era professor de mecânica quântica da universidade. Ao tocar sua pele fiquei alucinado, era totalmente ao contrário da minha, fiquei em sua casa todo o final de semana, me convidou para no seguinte final de semana ir acampar no deserto, gostei da ideia, foi uma loucura, pela primeira vez, parecia ver como era o céu.
Um dia me perguntou o que via nele, se eu era um tipo bonito. Além do sexo, eu gostava de conversar com ele, disse que nunca tinha tido um relacionamento a sério com ninguém.
Fomos um dia ao cinema, dei de cara com uma foto do North, aparecia no filme. Quis ver o mesmo, lhe disse que era como se fosse meu irmão, soube depois que era seu segundo filme, ele fazia um papel pequeno, como dizia o Robert, era um pouco canastrão.
Primeiro fiquei ofendido, mas como não entendia de cinema, depois entendi, ele era bonito, comia a câmera, mas de resto parecia um corpo bonito falando, aparecia todo o tempo sem camisa.
Consegui localiza-lo em Los Angeles, fui para lá, levei um puta chasco, ele vivia com um homem mais velho, que era seu agente. Mal nos deixou conversar, mal o homem saiu, quis fazer sexo comigo, fizemos, mas já tinha perdido seu encanto.
No dia seguinte quando lhe chamei, me disse na cara rindo que já tinha matado a saudade do que ele gostava de mim, me soltou um adeus na cara, cuide de sua vida, que cuidarei da minha.
Fui embora para San Francisco, levei o resto do ano com o Robert, queria que fosse viver com ele, senti que de alguma maneira queria me controlar, isso eu não gostava.
Tinha dinheiro suficiente para fazer a rota 66, resolvi fazer ao contrário, me lembrei do pessoal do Hells Angels, tinha ainda o número de telefone, pedi para falar com o homem, contei que trabalhava em San Francisco, que queria fazer o roteiro, mas ao contrário, acabar em NYC.
Riu muito, me disse que passasse por Santa Fé, que começasse a partir de lá, me chamas quando estiver na cidade, vivo um pouco fora.
Me despedi do Robert que lamentou não poder ir comigo, pois tinha que trabalhar, mas que estaria ali quando eu voltasse.
Fui, quando cheguei a Santa Fé, chamei o Grayson, a quem passei a chamar de Gray, fui para seu rancho, ele vivia ali sozinho, era muito mais velho do que eu, mas foi franco, quando nos conhecemos estava com meu amante, mas morreu de ciúmes de ti. Eu contei que quando vi os dois juntos na moto, tive que me masturbar, riu muito.
Dei uma olhada na sua moto, disse que podia fazer um trecho comigo, mas teria que ir a uma convenção em Las Vegas ias gostar. Nessa noite fizemos sexo, ele tinha mais experiencia realmente do que eu, me levou a loucura, eu queria era mais e mais.
Dormi abraçado a ele, como fazia com o North, despertei de noite com ele me olhando, sei que vais por livre, senão ia tentar te prender, tinha comentado do problema com o Robert.
Depois de uma semana, ele disse que até se sentia mais jovem, mas gostava da vida dele ali no campo, o teu no momento não é isso, talvez um dia.
Fomos para Vegas, foi uma viagem interessante, nos divertimos muito, quando encontramos seu grupo, logo perceberam que entre os dois rolava alguma coisa, ele não se escondia, me apresentou o chefe de seu grupo, um homem impressionante de dois metros de altura, cabelos queimados do sol, forte como um touro, me pediu para olhar sua moto.
Acabei consertando várias, ali no motel que estavam, logo fiz amizades com alguns, inclusive com as mulheres. Quando souberam que a partir dali eu tomaria a rota 66 me deram conselhos, lugares para parar, eu parecia mais um deles, a maioria vivia perto da fronteira do Mexico, me convidaram quando voltasse ir aonde viviam todos, inclusive o chefe, esse parecia mais meu pai. Um dia me perguntou por que eu estava com o Grayson, contei como o tinha conhecido, que o forte da minha experiencia era com homens.
Não tenho problemas com isso, mas alguns sim, se fosse mais jovem ia fazer um menagem contigo, além de alguma garota.
Um desses dias, estava sentado na mesa ao seu lado, todos bebiam muito, eu já tinha minha cerveja quente, nesse dia não tinha vontade de beber mais. De repente senti sua mão na minha perna, me disse um número, entendi que era do seu quarto, fiquei curioso, fui. Abriu a porta me puxou para dentro, nunca experimentei, tem que ser hoje, eu ia embora no dia seguinte.
Quando me viu nu, ficou impressionado com meu corpo, foi algo diferente, para o homem bruto que era, era carinhoso, passamos o resto da noite fazendo sexo, o deixei me penetrar, coisa que nunca permitia, quando o penetrei, pediu calma pois nunca tinha feito, mas no final gemia de prazer.
Menos mal que vais embora amanhã cedo, pois senão ia te prender aos meus pés. Me deu o número do seu celular, um desses antigos, o meu também era, podemos ir nos falando, tinha gostado do sujeito.
No dia seguinte, nos despedimos, me levou ao restaurante do hotel, fui me despedindo de todo mundo. Grayson queria saber se tinha feito sexo com ele.
Disse que não, que tinha estudado a ruta com ele.
Fui embora, com vontade de ficar com aquela gente, com eles, estava em casa, embora soubesse que alguns traficavam armas, bem como drogas, tinha visto alguns cheirando cocaína.
Isso não era o que eu gostava, nunca passava da maldita cerveja que acabava quente na garrafa, mas não me incomodava que os outros fizessem isso.
Comecei minha viagem, tinha feito uma pequena livreta com as recomendações, motéis para parar, aonde comer, foi divertido, só dormia num quarto se por um acaso chovesse, senão dormia num saco de dormir ao ar livre, fazia uma fogueira, comia alguma coisa que tinha comprado, primeiro ficava sonhando, ou melhor dizendo na experiencia que ia adquirindo ao conhecer as pessoas, a decepção que tinha tido com o North, alguma coisa me dizia que ali tinha gato preso numa gaiola.
No filme que tinha visto, o tinha achado normal, mas quando estive com ele, o achei afetado, quase feminino.
Mas fui me relaxando, na verdade como homem, tinha gostado do primeiro dos Hells Angels que tinha conhecido, depois o chefe, o chamava assim, nem sabia como se chamava.
Me picou a curiosidade, vi que tinha cobertura aonde estava o chamei. Riu muito, já sentes saudade, lhe expliquei, que estava pensando nele, que nem sequer sabia seu nome direito, como via todo mundo o chamando de chefe, ficou por isso mesmo.
Espere, vou sair ao ar livre para falar contigo. Escutei falando com os outros, depois um silencio, agora posso falar livremente, se alguma vez corto a ligação é porque tem pessoas por perto, minha vida pessoal é só minha.
Bom meu nome é o mais comum possível, Tom Andrews, mas poucos me conhecem por esse nome, talvez o FBI.
Ficou rindo, perguntou aonde ele estava, contou que estava no meio do nada, deitado em cima de uma manta, ao lado de uma fogueira, olhando o céu, sem querer estava pensando na vida, pensei nas pessoas que tinha conhecido, que tinha gostado. Tudo para mim é mais recente.
Eu também tenho pensado em ti, nunca fiz sexo dessa maneira, as vezes saio, me fecho no meu quarto me masturbo pensando em ti.
A mulher com quem andava, se mandou, estou sozinho, mas para assumir essa parte, terei que deixar o grupo.
Qual tua próxima parada, ele disse que logo estaria no cruzamento que levava a Chicago, mas que tomaria direção a NYC.
Quanto dias, demoras para chegar a Chicago?
Creio que uns dois dias.
Então dentro de dois dias, vá ao aeroporto, vou para lá.
Foi o que ele fez, mal o reconheceu, estava sem a roupa de couro, com uma simples calças, jeans, camiseta negra, uma camisa de quadros por cima.
Sentou-se atrás dele na moto, foram para um motel, só saiam para comer, nunca tinha feito sexo assim, a um ponto que tinha dores, Tom disse o mesmo.
Não tenho mais idade para perder a cabeça por sexo, uma chamada o levou de volta a realidade, seu grupo tinha problemas, precisava dele.
Ficaram uma parte da noite abraçados, dois marmanjos, ele lhe disse ao ouvido, quando acabar tudo te espero em San Antonio. Ele ficou nu em pé uns momentos, lhe fez uma foto, era imenso, com os cabelos largos, barba comprida, quadril estreito, na cama se movia com uma rapidez incrível.
Ah se as mulheres que andei soubesse que agora escolheria a ti, iam te matar de ódio.
De manhã cedo, ainda fizeram uma seção de sexo.
Tenho problemas lhe disse, briga entre grupos que comando, nem sempre é fácil controlar toda esta testosterona que exalamos.
Lhe disse que era melhor que não lhe vissem com ele no aeroporto. Tomou um taxi, ele saiu em direção contraria para NYC, nesse dia parou mais cedo, a bunda lhe doía, bem como o piru.
Tinham usados os dois como loucos.
Nessa noite, sentiu desejo dele ao seu lado na cama, parecia que lhe faltava algo.
Quando chegou a NYC, tinham lhe recomendado um pequeno hotel no Brooklyn, que tinha garagem, não ande com roupas assim durante o dia, ande normal.
Foi o que ele fez, conheceu a cidade, escutou num bar dois tipos falando de motos, pediu desculpas educadamente, perguntou aonde eles consertavam motos, pois ele era mecânico, precisava de um emprego. Lhe deram uma direção, em Long Island.
Dois dias depois, telefonou para o Tom, este disse que tinha encontrado um baita problema ao voltar, um grupo queria fazer tráfico de drogas, ele não gostava, pois os acabariam metendo em problemas com o FBI, outro queria vender armas.
Estou ficando farto disso tudo, por mim ia te encontrar. Se pudesse mandaria tatuar teu nome no meu braço, para um do Hells Angels ele tinha pouco tatuagem, disse que era um problema de pele, por ser tão branco, cheio de sardas, ele amava isso.
Ficaram de se falar em dois dias.
Seu novo emprego era bom, a oficina mecânica, era muito conhecida, com o tempo tinha sua clientela, o dono, ria muito, sinalizou alguns que trabalhavam ali, nunca param, vão embora em seguida. Eu devia diminuir a oficina, assim rendia mais, realmente era possível isso. No inverno, muitos foram embora, o único com quem ele tinha feito uma certa amizade, voltava para o Canadá, pois estava ali mais para aprender, ia abrir sua oficina.
Só ficaram ele e mais dois. Um dia apareceu um grupo do Hells Angels, nem sabia que existiam por ali, o que vinha na frente lhe disse que o tinha conhecido em Las Vegas, que tinha arrumado a moto de um do seu grupo, quando soube que trabalhavas aqui, trouxe essas motos para consertar. O dono não gostou muito, mas aceitou, quando o convenceu que eles pagavam bem.
Agora tinha uma clientela, propôs ao dono usar a outra parte, assim os outros clientes não se sentiam ameaçados. Ele pagava como um aluguel. Tinha agora um apartamento novo, bem decorado, tudo da IKEA, mas não lhe importava. Um dia escutou um deles dizendo que o grupo do Tom estava tendo problemas, brigas internas, problemas com o FBI, coisas do gênero.
Ele tinha tentado falar com ele, mas diziam que esse número não existia mais.
Um dia recebeu uma chamada de um número diferente, era ele, perguntou se seguia em NYC, disse aonde estava a oficina mecânica, bem como o endereço de sua casa.
Nessa noite chegou, ele estava sentado na escada, seu apartamento ficava no último andar.
Estava completamente diferente, tinha raspada o cabeça, tirado a barba, estava com uma cara mais jovem. Tiveram pressa em tirar a roupa, um tinha sede do outro.
Depois ele lhe contou tudo, que apesar de tentar controlar, cada grupo exigia que ele fosse o chefe, mas me neguei, pois já sabia que o FBI estava atrás dele.
Entrou para um grupo um rapaz, que vi de cara que estava ali pelo seu pai.
Numa briga deles, a casa que usávamos como fortim, pegou fogo, eu ajudei o rapaz a escapar,
Nos escondemos, eu lhe disse para sair dessa, tinha um jeep, vamos fazer o seguinte, levas o jeep para uma lugar no campo distante, coloca fogo no mesmo, pegas o primeiro ônibus em direção contraria, assim passas desapercebido.
Ele lhe contou como tinha ficado sabendo, falou do grupo que ele atendia na oficina, não sei o que fazem aqui.
Esses traficam com drogas, eu não vou aparecer por lá, vou tentar conseguir um apartamento com nome falso, ficar na surdina. Tenho dinheiro escondido em vários lugares, portanto posso subsistir.
Na verdade alugou num no andar de baixo do seu. Assim podia subir de noite.
Um dia estava trabalhando, viu que parava uma Van negra dessas que querem passar desapercebido, mas todo mundo sabe que é do FBI, dois homens, perguntaram por ele.
Os atendeu, queria saber do Tom, ele comentou que o tinha conhecido em Las Vegas, que depois nunca mais o tinha visto. Sim sabia do que tinha acontecido com seu grupo, uma pena, ele conhecia algumas pessoas por ter consertado suas motos.
Fizeram mil perguntas dos clientes atuais?
Ora são qualquer cliente, o único que fazemos é atendermos ao lado, para não perder os outros clientes que tem medo dessa gente.
Se ele sabia o que faziam?
O senhor acha que ficamos perguntando o que faz cada cliente, além de que poderiam mentir sobre seu trabalho, aqui só nos interessa que nos paguem, serviço limpo, se o senhor tem uma moto, pode trazer que dou uma olhada, tampouco vou se perguntar se é do FBI.
Lhe propuseram gravar as conversas com os clientes.
Ele se matou de rir, iam morrer de aborrecimento, eu pergunto, quando muito se a moto é de segunda mão, depois a conversa morre porque entro de cabeça no trabalho.
Viram que era assim, lhe deixaram em paz.
Mas tinha avisado ao Tom, tu te proteja bem. Não sabia se era amor o que sentia, mas adorava estar com ele, se entendiam. Era muito mais velho do que ele, nunca lhe perguntou se tinha tido aventuras no tempo que esteve sozinho. Poderia lhe disser que na verdade tinha tentado, mas nada era igual.
Tirando o Gray, tudo tinha sido mas do mesmo. As vezes falava com ele, disse que em seu grupo tinha estado tudo calmo, não nos dedicamos a isso, eu agora já nem vou as reuniões, estão sempre preocupados com drogas, armas, isso não é comigo.
Estou criando sim é cavalos, por um acaso, me deixaram dois cavalos para cuidar aqui no campo, me acostumei, gosto disso.
Em momento algum lhe perguntou aonde estava, como iam as coisas, se tinha alguém.
Quando falou com o Tom, esse disse que ele sempre tinha sido discreto, nunca alardeou de sua condição gay, tampouco fazia espetáculos. Sempre foi um homem sério.
Um belo dia, voltava para casa, viu a Van do FBI, estacionada no principio da rua. Correu para avisar o Tom, tinha chave da casa dele, mas quando ia subindo, saíram dois tipos do FBI, comentando chegamos tarde, esta casa esta limpa, pode ser que consigamos alguma digital, mas nem vale a pena.
Quando chegou no seu apartamento, viu que ele tinha entrado.
Uma carta, a dois dias que estão vigiando a rua, portanto, hora de ir embora, te deixo duas chaves, corresponde a um banco daqui de Long Island, outra de um banco de NYC. Sei que sonhas em estudar mecânica, creio que mereces isso, não se junte a nenhum grupo.
Ele sempre ria, porque não tinha tatuagem nenhuma em meu corpo, gostava de alisar as suas mas não queria ter.
Ao final, dizia eu trocasse de celular, ele me mandaria um número novo para mim.
Isso demorou meses. Eu tinha feito um teste, para conseguir entrar a universidade, deixei a oficina mecânica, me dediquei exclusivamente a estudar, podia me manter com meu dinheiro, usei o dele para pagar a matricula, para mudar para um apartamento, evidentemente mais caro de aluguel, perto da universidade. Os professores ficavam impressionado, claro eu era mais velho que o resto da turma, mas entendia de motores.
Embaixo do edifício, tinha uma loja minúscula, perguntei ao proprietário, se podia ali abrir uma pequena oficina mecânica, para motos.
Logo avisei alguns antigos clientes aonde estava. Um dia apareceu um senhor, ri muito pelo seu humor, tinha ficado recentemente viúvo, sua moto, muito antiga, tinha ficado todos esses anos guardadas na garagem. A trouxe numa caminhonete. Comecei por limpa-la, mas ao examinar a mesma, havia um problema, duas peças estavam para jogar no lixo. Não adiantava nada consertar o resto se estas se romperiam a qualquer momento.
Conversando com um professor, ele me falou da peças em 3D, se eu desenhasse, poderiam ser impressa num material mais solido. Que sabe não resolveria o problema.
Me apresentou a um conhecido, desenhei as peças, ele as preparou.
Agora era testar, falei com o proprietário, ele imediatamente pagou o faturamento da mesma,
Riu dizendo da ideia, me mostrou num laptop, o que tinha acontecido a pouco tempo, uma pessoa tinha entrado num julgamento, com uma arma feita em 3D, foi ao banheiro a montou, inclusive com balas em 3D, matou a testemunha, saiu atirou a arma no lixo, levaram meses experimentando a mesma, o desgaste era mínimo, já te irei informando a respeito.
O que ele não sabia era que o homem tinha uma coluna no NY Times, fez um artigo falando sobre isso, que se fosse outro, o teria enganado, mas esse mecânico o Sam Tyron, a arrumou como devia ser, procurou se informar, repôs a peça em 3D, agora observo a inovação, numa maquina velha que funciona a perfeição.
Isso trouxe mais clientes do que ele podia atender, mas selecionava o caso. Apareceu um senhor que como o outro tinha uma moto antiga na sua garagem, a queria vender.
Ele a comprou a restaurou inteira, teve que fazer uma peça também em 3D, logo a vendeu por um bom preço.
Acabou o curso, lhe ofereceram empregos em muita fábricas, mas ele sabia que ali estaria preso, seria um trabalho limitado.
Sabia do Tom de vez em quando, nunca sabia aonde ele estava de verdade, depois de um tempo, lhe disse que estava com câncer, que estava fazendo um tratamento complicado, mas que as chances eram poucas.
Tempos depois um advogado o procurou, lhe entregou uma carta, disse que tinha herdado uma propriedade em San Francisco, que era aonde ele tinha estado todos esses anos.
Na carta ele dizia que tinha chegado a uma idade aonde não esperava nada de novo, tu apareceste, mudaste minha vida, creio que sempre fui um gay dentro do armário. Foram os momentos mais felizes da minha vida, mas se ficasse junto a ti, poderia trazer-te problemas, por isso me fui, tentei com outras pessoas, mas não funcionou, esses momentos mágicos que tivemos juntos, só foram contigo.
Te deixo essa casa que comprei, tem uma garagem embaixo, creio que podes montar uma oficina nela, se não queres, venda.
Precisava de férias, tomou um avião, foi até lá olhar, no momento, estava reconstruindo duas motos que tinha comprado, para arrumar e vender. Uma era um verdadeiro achado, pois era muito antiga.
Olhou a casa que ele tinha comprado, era antiga, estava numa das ruas que saiam de Castro, estava cheia de pequenos comércios. Era como um sobrado, na parte de baixo, tinha uma garagem para dois carros, era perfeita para seu trabalho.
Se apaixonou ao momento, estava mobiliada como os dois gostavam modestamente, gostou da ideia, se informou com o advogado o valor do local, valia muito.
No testamento, ele tinha deixado muito dinheiro para um grupo LGBT em seu nome, para ajudar as causa do grupo.
Quando foi até lá, riu muito quando lhe contaram que sua história era interessante, tinha se descoberto tarde, amava o homem que o tinha feito mudar sua cabeça, tinham se explorado mutuamente, amava esse homem. Ele não disse em momento algum que era ele.
Se mudou, mandou uma empresa trazer, toda sua oficina, bem como as motos que estava recuperando, até sair a licença, esteve ali consertando as duas.
Mantinha contato com seu conhecido que fazia as peças em 3D, este ria muito, preciso de uma moto assim para saber como funcionam, bem como fazer uma larga viagem, para saber se aguentam. O convidou para vir, assim podiam fazer uma viagem juntos.
Luganis, tirou férias da Universidade, veio, foram juntos de moto até Las Vegas, andaram pelo deserto com a moto, fizeram largos percorridos por estradas desertas a boa velocidade, para saber como funcionavam as peças de reposição.
Numa delas, foram parados por um policial, ele explicou o que estavam fazendo, temos que saber se as peças responde a larga pressão, desmontaram uma parte para o homem ver ao que ele se referia.
Esses os convidou para irem a sua casa, vivo aqui perto, tenho uma moto antiga também, numa época que estive infiltrado numa gang do Hells Angels, fui um agente que depois achavam que estava metido em alguma coisa, por isso aceitei esse emprego.
Seu amigo de NYC tinha que voltar, pois as aulas da universidade começavam em seguida, comprou a moto que tinha usado, queria seguir observando, experimentando fazer cópias com outros materiais.
Ele ainda tinha uns dias, ficou na casa do Policial, James Stuart, logo descobriu o problema, o arrumou. Um dia o outro se abriu com ele, quando estava de infiltrado, tinha se apaixonado por um dos homens, nos dávamos bem, sem querer ele me deu a chave do assunto. Quando descobriram tudo o mataram.
Me senti culpado, pois para todos os efeitos eu o tinha usado.
Tinha encontrado sua meia laranja, sem querer na pequena vila, descobriram que estavam tendo um relacionamento, James mandou todo mundo tomar no cu, a vida era sua, a vivia como queria, se não o queriam com xerife, ele iria embora.
Voltou com ele para San Francisco, logo arrumou um para trabalhar na polícia de lá.
Eram o casal perfeito aos olhos de muitos, viviam para seus trabalhos.
Nunca mais tinha visto nenhum filme ou qualquer coisa do North, na verdade ele não era de cinema, um dia alguém esqueceu uma revista de cinema na oficina, lá estava uma reportagem com ele mais velho, aparentava mais idade que ele mesmo.
Falavam de como a carreira de um homem que foi o sex símbolo, tinha acabado na merda, por drogas, escândalos, etc. Que cumpria pena na estatal, por tráfico de drogas.
Foi até lá para visita-lo, se a foto o tinha impressionada, ver em pessoa era pior, era como uma cópia ruim de algo deteriorado.
Ficou olhando para ele, nem sabia o que falar. North pediu desculpas de como o tinha despedido, quando o tinha visto. Foste tudo de bom na minha vida, mas nunca soube na verdade quem eu era, minha própria mãe, nem sabia quem era meu pai, por isso me levou com vocês. Foi uma época simples, mas aonde eu fui feliz, pois tinha a ti cuidando de mim.
Mas depois quando fui embora, me desestabilizei, ela logo perdeu interesse por mim, o marido me queria pois não tinha herdeiros. Mas ela passou a mão em tudo desaparecendo.
Por sorte tinha começado a fazer cinema, mas nunca fui um ator importante, era sempre o bonito coadjuvante, tinha consciência disso.
Quando vi estava metido de drogas até a alma, fui caindo, sem ter aonde me apoiar. No final, vendia drogas, traficava, quando me pegaram estava vendendo drogas para menores, por isso a pena é grande. Aqui quando souberam que eu tinha sido ator, fui carne para todos os presos, gosto disso, me satisfazem sexualmente.
Ele estava horrorizado, ele era a decadência personalizada, perguntou se o podia ajudar?
Não, não vês a tua cara de horror, não aguentaria estar contigo.
Um ano depois soube que o tinha assassinado na prisão.
James esteve ao seu lado em todo momento. As vezes saiam para acampar no meio do deserto, nesses lugares, na solidão, ele encontrava um certo alivio a tudo isso.
Se perguntava se North, não tivesse indo embora como seria. Mas não encontrava resposta.
James lhe consolava dizendo que as pessoas escolhiam seus caminhos.
Nesses anos todos, nunca encontrou nenhum irmão seu que tinham fugido de casa ao se tornarem maiores de idade.
Quando James se aposentou, foram viver numa pequena povoação perto do deserto, adorava estar ali, das noites de lua cheia, ou quando não poder olhar todas as estrelas da varanda da casa que tinham na saída da cidade.
Com os anos foi encontrando a paz nisso tudo. Ele seguiu trabalhando, consertando maquinas, qualquer aparelho que caísse em suas mãos. Juntos eram uma família.